Resumo de Português sobre Ambiguidade
Ambiguidade é quando uma frase apresenta dois significados, ou seja, duas interpretações para uma mesma sentença. A confusão ocorre porque quem escuta entende a mensagem por meio de seu ponto de vista e sua maneira de viver, por outro lado quem fala já conhece o assunto e a situação que descreve.
Para evitar a duplicidade de significados e fazer essa diferenciação é necessário observar o contexto, se há presença de ironia, o tom da conversa e se o assunto é informal ou formal. Lembrando que em conversas formais recomenda-se evitar a ambiguidade.
A duplicidade de sentido está presente no nosso cotidiano, em conversas informais, em textos literários, publicitários, poéticos. Em propagandas exercem funções claras, usada meticulosamente para provocar o duplo sentido, em estratégias de marketing, a fim de prender a atenção do ouvinte, mas devemos lembrar que a experiência, nesses casos, é única e própria de quem escuta.
Quando usada de forma proposital chama-se anfibologia, caracterizando-se de uma figura de linguagem, tendo a licença poética a seu favor, mas se for usada de forma descuidada, torna-se um vício de linguagem.
Em conversas informais, o erro acontece principalmente pelo uso inadequado do pronome “seu”, “sua”, embora o contexto ajude a entender o que se quer dizer, a confusão seria facilmente evitada se o falante usasse a gramática corretamente.
Há dois tipos de ambiguidade
A ambiguidade lexical que ocorre quando a palavra pode ter outro significado, por exemplo, “cheguei perto do banco”. Nesse caso, não se sabe se o banco é a instituição ou se é onde senta. O outro tipo é a ambiguidade estrutural, decorrente do mau uso da posição das palavras, isso gera confusão, por exemplo, “Ela feliz entrou na casa”. Nessa frase, a confusão ocorre pois ela pode estar feliz pois entrou na casa, a casa é o motivo da felicidade, ou ela já estava feliz quando entrou na casa.
A ambiguidade pode aparecer em vários casos, como no uso de pronomes possessivos, com o posicionamento de palavras, com a conjunção “que”. Quando se usa pronomes possessivos, como dito anteriormente, todo cuidado é pouco para que não haja equívoco e é exemplificado com a frase: “ele disse a Maria sobre seu emprego”.
Essa ambiguidade poderia ser desfeita da seguinte forma “Ele disse a Maria sobre o emprego dela”. Quando as palavras são colocadas sem o cuidado de perceber como o ouvinte irá compreender, por exemplo: “o marido rancoroso saiu de casa”, aqui acontece o duplo sentido, pois não sabemos se o marido é rancoroso ou está rancoroso.
Quando se usa a conjunção “que” : “a moça falou a chefe que estava de mau-humor”, não é possível inferir se a moça ou a chefe estava de mau-humor.
Riqueza na construção
É próprio da língua portuguesa ser rica em sua construção, tendo muitas palavras que podem ter sua grafia parecida ou até mesmo idêntica. Isso ocorre com os homônimos e parônimos.
Os homônimos são divididos em 3 categorias, são os homônimos perfeitos que tem grafia, fonética iguais mas significados diferentes, a título de exemplo temos a palavra leve, a qual pode ser de pouco peso ou um verbo, existe os homônimos homófonos que tem grafia e significado diferente mas a mesma fonética, como no caso de alto e auto e, por último, os homônimos homógrafos com a mesma grafia, mas significado e fonética diferentes, como em hábito no sentido de costume e habito usado como verbo.
Os parônimos são aquelas palavras com grafia e fonética parecidas mas com significados diferentes, um exemplo é cavaleiro e cavalheiro. Por último, ainda existe a polissemia com uma palavra tendo vários significados, como exemplos tempos a palavra “colher”, que pode ser um verbo ou tratar de um substantivo.
Pode-se entender a ambiguidade como sendo uma alternativa linguística ou apenas um vício de linguagem, dependendo do objetivo de quem escreve ou fala, por isso o ouvinte precisa estar atento a real intenção do falante.