Mari – PB: história, região e outros dados (2021)
Mari é um município situado na Região Nordeste, localizado no estado da Paraíba. Localizado entre a mesorregião conhecida como “Mata paraibana” e a microrregião Sapé, pode-se dizer que Mari é um município relativamente novo, com uma média atual de quase 22 mil habitantes.
O nome Mari possui origem indígena, provavelmente oriunda do termo umari, que significa “água do marizeiro”. Uma referência a certa espécie de árvore espinhosa, própria de lugares alagados, cujos frutos (amêndoas) são comidos de forma cozida.
Aspectos geográficos de Mari
O município possui uma extensão de 154,8 km2, com uma densidade demográfica de 141 habitantes por km². Faz divisa com os municípios de Cuité de Mamanguape, Gurinhém e, logicamente, Sapé, a maior cidade nos arredores.
Mari está a 144 metros de altitude, cujas coordenadas geográficas são: Latitude: 7° 2′ 60” Sul, Longitude: 35° 18′ 40” Oeste. Seu clima é tropical chuvoso, com verão seco.
Normalmente o período de chuvas se inicia em fevereiro e encerra em outubro.
Estima-se que a média anual de precipitação seja de 1.634,2 mm2. Não se pode negar que o município possui índices baixos de desenvolvimento.
Mari respira um percentual de 0,56 no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), índice considerado aquém, se comparado a regiões próximas, de aspectos históricos e geográficos parecidos.
Desde 2008, o IBGE registra um valor médio de PIB per capita de R$ 3.714,22 e geral R$ 78.422,112 mil.
História do município
Tudo tem início no século XIX, mais precisamente em 1873, com a passagem da Estrada de Ferro antigamente denominada CWRB.
A construção da rede ferroviária teria sido ordenada por Dom Pedro II, e inaugurada no ano de 1883. A estrada de ferro vinha desde o estado do Rio de Janeiro até Natal, No Rio Grande do Norte, usada principalmente para o transporte de matéria-prima, como cana-de-açúcar.
O lugar hoje conhecido como Rede Ferroviária do Nordeste seria o responsável pelo início do povoamento do lugar, que inicialmente recebera o nome de Araçá, em homenagem a um fruto abundante na região.
Já na virada do século, em 1900, tem início a construção da Capela, o que atrairia mais novos moradores.
A expansão demográfica permitiu que fosse aberta a primeira rua, chamada Rua do Comércio, e com isso o povoado foi progredindo ainda mais, alcançando então o status de vila, em 1938, porém, ainda atrelada ao município de Sapé.
Padre João de Noronha de Mari
Apenas em 1953, a singela capela seria elevada ao patamar de Paróquia, sendo regida pelo Padre João de Noronha, o primeiro vigário mariense.
Alguns poucos anos mais tarde, em setembro de 1958, a pequena vila seria elevada a categoria de cidade, pelo decreto de Lei número 1862/1958, expedido pelo então governador, Pedro Moreno Gondim.
A emancipação política tornou-se o fator crucial para o desenvolvimento econômico da região mariense.
Após esse período, a economia da cidade girava em torno principalmente das agriculturas de abacaxi, inhame e grãos.
Vale salientar que até hoje a cidade é líder paraibana na produção de mandioca, com boa parte das terras destinadas ao cultivo dessa raiz.
Lavouras de fumo em Mari
Porém, além desses itens agricultáveis, a economia mariense também possui uma grande tradição no cultivo de fumo.
Estima-se que em 1946 (antes mesmo da emancipação) duas famílias procedentes de Alagoas, Manoel de Paula Magalhães e José Leão de Oliveira, começavam a desenvolver a cultura desta planta, sendo até hoje uma das maiores riquezas da cidade.
Não há como negar que apesar da cidade possuir pouco mais de 60 anos, seu desenvolvimento se deu de forma relativamente rápida e, mesmo ainda longe do ideal, torna-se gradativamente referência para o turismo.
Essa veia turística é reforçada por meio das festas comemorativas em janeiro (São Sebastião) e setembro (aniversário do município) ou até mesmo seus balneários à entrada da cidade, oferecendo ainda considerável gastronomia em seus restaurantes, bares e pizzarias.